2 de maio de 2011

Ourivesaria: Abrir todas as portas,

Abri uma porta, uma bonita, e assim que entrei vi musgo velho com cheiro a fumo, amor de plástico, sorrisos de revistas. Vi focos de luz negra que sugavam tudo o que apanhavam, vi grades. Os gritos, bem como as sirenes giravam no ar. Gritos de suplica, de desespero.
Os monstros que estavam presos na minha caixa dos medos soltaram-se. Eram palhaços, coisas verdes andantes, eram rostos indefinidos que corriam atrás de mim.
Comecei a empurrar os monstros, as revistas, os gritos, sentimentos plásticos, as aparências... tudo.
Tudo se tinha ido, e agora. Agora estava sozinha, com a caixa dos medos fechada ao meu lado.
A porta tinha mudado de forma.

Monstros, Gritos, Caixa dos Medos

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